sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PROGRAMAÇÃO E SINOPSES DOS FILMES DA MOSTRA BACK2BLACK

1º DIA - 28 DE AGOSTO – SEXTA FEIRA
AUDITÓRIO DO MUSEU
17h:
Shaft – O filme. (Shaft, EUA, 1971, fic, 100 min). Dir.: Gordon Parks.

19h:
Faça a Coisa Certa (Do the right thing, EUA, 1989, fic, 120 min). Dir.: Spike Lee

21h:
Rockers It's Dangerous (Jamaica/EUA, 1977, fic, 99 min). Dir.: Theodoros Bafaloukos

PAREDE EXTERNA DO MUSEU - 19h30
A liga da língua (Brasil, 2003, videoarte, 17 min.) Dir. Renato Barbieri e Fabiano Maciel.
Haiti (EUA/Haiti, 1938, doc, 16 min., classificação indicativa: livre). Dir. Rudy Burckhardt
A força de olhar o amanhã (França, 2006, doc, 52 min.) Dir. Euzah Palcy.

2º DIA - 29 DE AGOSTO – SÁBADO
AUDITÓRIO DO MUSEU
17h:
Finyé - O Vento (Finyé, França/Mali 1982, 105 min) Dir.: Souleymane Cissé

19h:
Tilaï (França, 1990, 81 min) Dir.: Idrissa Quedraogo

21h:
Heremakono (França/Mauritânia, 2002, 95 min.) Dir.: Abdeharrmane Sissako

PAREDE EXTERNA DO MUSEU – 20h
Projeção Outdoor Jean Rouch, “Eu, um negro” (França, 1958, doc, 72 min.) Dir.: Jean Rouch.

3º DIA - 30 DE AGOSTO – DOMINGO
AUDITÓRIO DO MUSEU
17h:
Carolina (Brasil, 2003, doc, 14 min.) Dir.: Jeferson D
Eu, um negro (Moi, un noir, França, 1958, doc, 72 min.) Dir.: Jean Rouch

19h:
A liga da língua (Brasil, 2003, videoarte, 17 min.) Dir. Renato Barbieri e Fabiano Maciel.
A força de olhar o amanhã (França, 2006, doc, 52 min.) Dir. Euzah Palcy.

21h: A negação do Brasil. (Brasil, 2000, doc, 91 min.) Dir.: Joel Zito Araújo.

SINOPSES
dia 28/08 – Cultura black e cultura pop

17h: Shaft – O filme. (Shaft, EUA, 1971, fic, 100 min., classificação indicativa: 18 anos). Dir.: Gordon Parks.

Trailer

Este é um filme-ícone do período conhecido como “black exploitation”, quando, nos anos 70, após uma série de direitos conquistados pelos negros americanos, Hollywood passou a dar voz a realizadores afrodescendentes. Shaft é um detetive casca-grossa que se envolve em uma guerra de traficantes. Dirigido pelo lendário Gordon Parks e com trilha sonora vencedora do Oscar composta pelo soulman Isaac Hayes, Shaft revolucionou o cinema negro norteamericano.

19h: Faça a Coisa Certa (Do the right thing, EUA, 1989, fic, 120 min., classificação indicativa: 18 anos) Dir.: Spike Lee

Trailer

Spike Lee é o mais conhecido dos diretores negros americanos, e sua obra constantemente revisita o tema da desigualdade racial, tendo ele chegado a filmar uma biografia de Malcolm X. Faça a coisa certa conta a história de um desentendimento entre negros e imigrantes italianos em um subúrbio do Brooklyn, em Nova York. Bem-humorado, porém fulminantemente intenso, trata-se de um filme indispensável para a compreensão das relações interculturais norteamericanas.

21h: Rockers It's Dangerous (Jamaica/EUA, 1977, fic, 99 min., classificação indicativa: 18 anos) Dir.: Theodoros Bafaloukos

Trailer

Rockers é um dos mais lendários filmes já produzidos na Jamaica.
Narrando as desventuras de um baterista na capital Kingston, o filme revela de maneira hilária e tresloucada o universo do reggae e da cultura rastafari jamaicana. Além de contar com a trilha sonora de alguns dos maiores nomes do reggae (como Peter Tosh e Gregory Isaacs), o filme é também recheado de participações especiais de outros deles, como Burning Spear, Dillinger e Robbie Shakespeare.

dia 29/08 – O filme de arte africano

17h: Finyé - O Vento (Finyé, França/Mali 1982, 105 min) Dir.: Souleymane Cissé.

O malinês Souleymane Cissé ganhou notoriedade mundial a partir de Finyé, no qual narra, em seu país de origem, a história de dois adolescentes de diferentes classes sociais insatisfeitos com a sociedade. Tendo chegado a ser preso pelas autoridades locais pelo teor subversivo de seus filmes, Cissé já venceu o prêmio do júri no festival de Cannes e é um dos mais respeitados diretores africanos.

19h: Tilaï (França, 1990, 81 min) Dir.: Idrissa Quedraogo.

Quedraogo, de Burkina Faso, é um dos mais célebres diretores africanos. Sua trajetória internacional ganha notoriedade justamente com Tilaï (“a lei”), em que conta a história, em uma pequena aldeia, de um rapaz que transgride os tabus do casamento local e vai viver com sua amada, refugiados. Outras circunstâncias, porém, o fazem retornar à aldeia, onde terá de enfrentar seus familiares. Conhecido por retratar uma visão peculiar e desconhecida da África, Tilaï venceu o prêmio especial do júri de Cannes em 1990.

21h: Heremakono - Esperando a felicidade (Haremakono, en attendent le bonheur, França/Mauritânia, 2002, 95 min.) Dir.: Abdeharrmane Sissako

Lidando de maneira particular com os assuntos da memória e da história, o diretor mauritano Sissako é um dos que mais ganha notoriedade no cinema africano francófono contemporâneo. Selecionado para concorrer à mostra “un certain regard”, Haremakono esteve em Cannes em 2002, e conta a história de um menino que acompanha sua mãe em um país de língua estrangeira, onde tem de aprender a decodificar os signos de um mundo que custa a se revelar.


dia 30/08 – Olhares documentais sobre a negritude

17h: Carolina (Brasil, 2003, doc, 14 min., classificação indicativa: 12 anos) Dir.: Jeferson D

Jéferson D é um dos diretores responsáveis pela renovação do cinema feito por e sobre os negros no Brasil, tendo desenvolvido o manifesto “Dogma Feijoada”, reivindicando uma representação legítima dos negros no cinema brasileiro. Carolina de Jesus, que escreveu um diário (convertido em sucesso comercial) sobre seu cotidiano na favela, é retratada, juntamente com seu destino trágico, nesse curta premiado em Brasília e Gramado.

+ Eu, um negro (Moi, un noir, França, 1958, doc, 72 min.) Dir.: Jean Rouch
* exibição do filme na parede externa do Museu no dia 29/8 - 20h

Jean Rouch é um dos nomes fundamentais da cinematografia sobre a África. Fascinado pelas manifestações culturais do continente, realizou, sob o signo do que ficaria conhecido mais tarde como etnodocumentário, dezenas de filmes sobre diferentes aspectos da vida na África. Fazendo uma mistura ambígua de ficção e autorrepresentação, Eu, um negro é um de seus melhores filmes, mostrando a dificuldade de adaptação de migrantes do Níger à Costa do Marfim em uma África que se moderniza por meio de desigualdades.

19h:

* exibição dos 2 filmes na parede externa do Museu no dia 28/8 - 19h30


A Liga da Língua (Brasil, 2003, videoarte, 17 min.) Dir. Renato Barbieri e Fabiano Maciel

Concebido como uma videoinstalação para ser exibida em quatro grandes telas com alta intercambiação linguística entre o som e as quatro imagens simultâneas, A Liga da Língua é um lindo trabalho sobre todos os aspectos que unem povos distantes (dentre eles muitos africanos) através das particularidades da língua portuguesa.

+ A Força de Olhar o Amanhã (La Force de Regarder Demain, França, 2006, doc, 52 min.) Dir. Euzah Palcy

A cineasta da Martinica Euzah Palcy se tornou conhecida pelo importante filme A rua das casa negras (1983), um drama social envolvendo problemas raciais em seu país de origem. Em 2006, ela dirigiu uma série de documentários sobre o poeta martinicano Aimé Césaire, importante militante da causa da negritude. A força de olhar o amanhã procura entender as possibilidades de se pensar em soluções para um mundo em que a negritude continua enfrentando colossais dificuldades associadas aos diversos problemas econômicos, políticos e sociais da cultura global.

21h:
A negação do Brasil.
(Brasil, 2000, doc, 91 min., classificação indicativa: 12 anos) Dir.: Joel Zito Araújo.


Lançado juntamente com um livro que complementa a elucidação proposta pelo filme, A negação do Brasil trata do espinhoso tema da representação dos negros na telenovela brasileira. Através de dados, estatísticas e de suas próprias recordações, o diretor de TV Joel Zito Araújo procura demonstrar como o universo da telenovela cria uma imagem paradoxal da sociedade brasileira, relegando à imensa população negra do país uma pequena quantidade de papéis estereotipados e desinformadores.

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